domingo, 17 de agosto de 2008

É muita graça.

Boa noite, amigos!
Luminosidade, escrevendo em um domingo, completamente acabada de uma festa ontem.
Cansada, com sono, com os pés doendo, mas não dá para dormir agora, nem tem nada interessante para se fazer.
Então, vamos ler notícias.
Foi o que fiz.
Deparo-me com uma manchete, no mínimo, bem chocante: "Mulher esfaqueia Dayane dos Santos".
Bem, como assim? Apertei na notícia desesperada, já pensando que uma louca em Pequim esfaqueou a coitada por ela não ter ganho uma medalha. Talvez a técnica dela.
Quando leio a notícia completa, tenho crises de riso de deboche.
Aqui segue a própria:
"A tentativa de homicídio, segundo a polícia, se deu por ciúmes de Michele Moura da Silva, de 23 anos. Ela não aceitaria ser trocada por Dayane Oliveira dos Santos, de 18. Por isso, no final da tarde deste domingo ela se dirigiu à casa da “rival” , invadiu e desferiu alguns golpes de faca. O crime ocorreu no bairro do Vergel do Lago. Já Michele Moura, a agressora, reside no Prado. Ferida, Dayane foi levada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Coordenadoria de Emergência Armando Lages (Coemal) no bairro do Trapiche." (Gazetaweb.com).
Poxa, gente.
Ou existem na China bairros chamados "Vergel do Lago", "Prado", "Trapiche", ou acho que li a nótícia errada.
Com certeza devemos criar um título que chame a atenção do leitor, para que ele leia a matéria completa, mas isso já é propaganda enganosa. Falso título.
Quem não iria achar que a GINASTA Dayane dos Santos foi esfaqueada?
Odiei a matéria.
Agora, pensem comigo.
Está para ser votado o Recurso Extraordinário (RE) 511961, que, se aprovado, "elimina a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício" (Manifesto à Nação - Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil - Fenaj).
Agora, reflitam vocês, se antes de o processo ser votado, já existem por aí centenas de jornalistas incompetentes, anti-éticos, mal formados, imaginem quando o diploma não for mais exigido!
Salve-se quem puder!
Pelo bem dos leitores e da sociedade em geral, que, pelo menos, os jornalistas tenham diploma. Mesmo que ele não signifique NADA para alguns infelizes.






Boa noite!
Abraço, Luminosidade.


domingo, 3 de agosto de 2008

Brasileiros têm cultura?

Boa noite!
Voltei, desta vez em menos tempo.
Último dia de férias, devo aproveitar meus momentos de concentração e inspiração (escrever exige isso, juro).
Às vezes, tenho vontade de escrever, mas não consigo pensar em temas que realmente aticem minha imaginação.
Hoje, meu interesse foi despertado.
O tema sobre o qual escreverei foi uma sugestão de meu amigo Lucis. Ele é uma das pessoas com quem mais discuto, quem mais me irrita com suas opiniões, digamos, intensas. Ele é o tipo de pessoa que não muda de opinião muito facilmente, sinal de personalidade forte, como a minha. A diferença é que, muitas vezes, me falta a paciência de convencê-lo. Ele diz que é falta de argumentos. Alumas vezes, pode até ser. Mas outras são porque eu realmente não aguento discutir com ele e não chegar a nada. Mas, o fato é que ele me fez crescer intelectualmente, e creio que continuará fazendo.
Enfim, vamos ao verdadeiro tema da postagem.
Quando ele estava a sugerir-me temas, ele disse para eu falar sobre "a falta de cultura do país". Depois, preferiu reformulá-lo, propondo-me discorrer sobre "a desculturalização brasileira e sua alienação".
Vamos lá.
Não é a primeira pessoa que me diz que os brasileiros têm cada vez menos cultura, que é preciso incentivar a cultura no país, etc., etc.
Mas, o que é cultura?
"Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e 'preenchem' a sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período" (Cultura - Wikipédia).
Pois é, acho que muitas pessoas utilizam esse conceito erroneamente.
É óbvio que o Brasil tem muita cultura. Seu povo nunca vai deixar de tê-la. De um modo ou de outro, cada região cultiva a sua própria (uns mais, outros menos), que sofre alterações ao longo do tempo, e que transforma o país em um dos mais diversificados do mundo.
Ninguém pode negar isso.
Creio que o que muitos querem dizer é que o que falta no país é o incentivo ao crescimento intelectual. Que muitos não têm a oportunidade de desenvolver a inteligência, ler "bons" livros, escutar "boas" músicas, praticar "boas" atividades estimulantes, enfim, mil coisas.
Os adjetivos vieram entre aspas por motivos que já citei aqui. Para mim, eles são completamente relativos. Os adjetivos devem ser usados de forma pessoal, não cabendo a ninguém julgar a capacidade do outro pelos seus gostos.
Dessa forma, acredito que ninguém precisa ler ou ouvir grandes obras o tempo todo para ser inteligente, perspicaz, genial. Se puder fazê-lo, ótimo! Isso só faz crescer seu repertório de conhecimento. Maior poderá ser seu poder de discussão, argumentação, diálogo.
O importante não é apreciar todas as ditas famosas obras do mundo, mas conhecê-las, contextualizá-las, encaixá-las no cotidiano; citá-las, seja positiva ou negativamente.
Quanto mais soubermos, melhor, lógico. Mas não devemos nos sentir obrigados a gostar do que os intelectuais gostam. Devemos gostar do que nos dá prazer.
Voltando ao Brasil...
Mas, digam-me: como um país pode se preocupar com "incentivo ao intelecto" quando a maior parte da população morre de fome, não tem onde morar, não estuda? Difícil, muito difícil.
Antes de tudo, é preciso que esse quadro seja revertido, assim como é preciso limpar a imagem do Brasil, que é visto apenas como criadouro de prostitutas e bandidos.
Aí, sim, deveremos nos preocupar com a erudição dos brasileiros.
Fica aqui minha opinião.
Até a próxima.
Abraços,
Luminosidade.