domingo, 28 de dezembro de 2008

Vida real.

Boa noite, leitores sobreviventes!

Às vésperas da chegada de um novo ano, criei vergonha na cara e resolvi atualizar esta página, tão marginalizada, coitada, pelo pecado da preguiça.
O que contarei hoje é uma coisa que sempre me afligiu, mas acredito que raras vezes expus tal sentimento, ou melhor, tais sentimentos.
Não quero parecer uma falsa salvadora da pátria, das injustiças, das avarezas. Jamais. Não seria capaz disso. Nem tampouco pretendo tentar ser Madre Teresa de Calcutá; que ousadia seria.
Apenas o que tento aqui é exteriorizar uma angústia, que, posso dizer de todo o meu coração, é muito sincera.
Enfim, arrodeios só dificultam o caminho. Vamos às confissões, fazendo jus ao nome do blog.

A pobreza sempre mexeu muito comigo, sempre me afetou. Raríssimas vezes passei por um semáforo repleto de crianças carentes ao redor sem encher meus olhos de lágrimas. Não é mentira. Acho que herdei essa compaixão da minha família, e só tenho a agradecer. Talvez tenha aprendido com os ensinamentos religiosos, com a fé. Não posso dizer com certeza. Recebo inúmeros e-mails diariamente que retratam a pobreza do mundo, do nosso país. Isso me entristece tanto, tanto, que nem posso contabilizar. Em qualquer lugar que estou, se vejo pedintes, mulheres grávidas, homens que dariam a vida para poder alimentar os filhos, crianças vazias de nutrição, de amor. Até mesmo quando percebo que são arruaceiros, "preguiçosos" que se acostumaram com a vida de pedir, sinto pena daquelas pessoas, pois isso provavelmente só aconteceu por falta de oportunidades. A sociedade foi alicerçada ao longo dos anos com uma camada sólida de discriminação, de falta de igualdade, de falta de respeito, de falta de ajuda mútua.
Freqüentemente reflito sobre o que essas pessoas pensam. Como elas reagem a esse tipo de diferença, se elas percebem o quão injusta a vida é. Uns têm muitíssimo, outros não têm nada. Isso me faz mal.
Sinto-me mal também quando vejo a minha empregada doméstica, que tanto prezo por seu caráter e personalidade, trabalhando duro na minha casa, com dores, sem dores, chovendo, nevando, ensolarando, enquanto eu durmo o dia inteiro, faço minha bagunça, deixo para ela recolher minhas desorganizações de quem tem a vida ganha.
Ou seja, sinto-me mal por todos que têm uma condição social pior que a minha. Por que tudo tem que ser assim? Se todos tivessem as mesmas coisas, tudo não seria muito mais harmônico? Afinal, essas diferenças são uma das causas das desavenças mundias. Riqueza. Poder. Riqueza. Poder. É o que todos almejam.
Mas, e quem passa fome? Onde fica? Na rua, definhando cada vez mais.


E querem saber o pior? A maior das hipocrisias?
Eu, que tanto sinto e tanto choro, não faço NADA para melhorar isso. Assim como muitos outros iguais a mim.
Sinto vergonha, peço perdão a Deus por ser tão inútil, por não sair do cubículo no qual eu vivo.
E não foi essa inércia que eu aprendi com a minha família ou com a minha Igreja.
Sinto pena, deles e de mim.
Desejo um dia crescer e mudar. Eu e o mundo.





Pesares,
Luminosidade.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"A revolução não será televisionada"

Bom dia, companheiros!
Desde a última postagem, eu resolvi publicar trabalhos que tenho feito para a faculdade, seja porque gostei do resultado, seja porque acredito que o conteúdo é válido para ser difundido.
Eis aqui mais um, e acredito que é deveras importante para que todos saibam que nossa louvável mídia não é, nunca foi, e nunca será a "mocinha" da história.
Além disso, podemos avaliar a facilidade com que somos manipulados por ela, já que antes de assistirmos a um documentário como esse pensamos de um jeito, logo após mudamos completamente nossa visão das coisas. Ou não, já que o tema é significativamente polêmico. Formem suas opiniões, então.



Provavelmente, até aqueles que estão minimamente informados sobre os acontecimentos mundiais sabem da grande crise ocasionada por atitudes do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, principalmente a partir de 2002. Segundo seus opositores, o golpe deferido contra ele foi resultado de suas próprias atitudes ditatoriais e de sua política contra os interesses dos Estados Unidos da América.
O que ninguém nunca se perguntou, provavelmente pelas incessantes acusações em todo o mundo, foi se tudo que informavam na mídia era o que verdadeiramente vinha acontecendo. Uma equipe de jornalistas irlandeses, incumbidos de descobrir o perfil daquele polêmico líder e de sua revolução bolivariana, foi obrigada a mudar o foco de seu trabalho ao se deparar com momentos iminentes ao golpe de Estado. Esse trabalho resultou no documentário A Revolução não será televisionada, produzido e dirigido por Kim Bartley e Donnacha O’Briain, em 2003.
Por ser um dos cinco maiores produtores de petróleo do mundo, a Venezuela é, desde a descoberta da sua riqueza, um alvo em potencial dos capitalistas, especialmente dos americanos, sendo um de seus principais fornecedores do produto. O perfil quase que socialista e anti-neoliberalista do presidente venezuelano, que se propôs a ir ao inferno para proteger os venezuelanos contra a política neoliberalista imposta à América Latina, conquistou a população pobre do país, que representa 80% do todo, mas criou inimigos bastante poderosos.
A eleição de Chávez por maioria esmagadora em 1998 deveu-se pela sua dedicação ao povo, pelo seu nacionalismo, e por acreditar e disseminar a idéia de que a riqueza do país deveria ser dividida entre os seus próprios habitantes, negando-se a manter relações com os países capitalistas ou aumentando significativamente o preço do petróleo; esses países, especialmente os EUA, viam na Venezuela uma fonte muito barata e fácil de adquirir o combustível, e, ao enfrentarem a idéia da alta de preços, sentiram-se acuados e completamente prejudicados.
Obviamente, não é do perfil estadunidense sair no prejuízo, e os americanos logo trataram de solucionar seus problemas. No início as acusações eram de que o presidente apresentava insanidade mental, era crítico dos EUA, amigo íntimo de Fidel Castro, e que até sentia desejos sexuais por ele; Chávez era acusado, também, de comunista, totalitarista, de ser apoiado na violência, de ser agente de Fidel e das guerrilhas colombianas, além de querer impedir o desenvolvimento de seu país.
O curioso é que a opinião da população era bastante diferente. Chávez tinha também como objetivo promover a conscientização da população quanto a valorizar seu país e sua riqueza; para isso, mantinha um programa de rádio e televisão semanal, e recebia milhares de cartas diariamente de pessoas que o apoiavam e confiavam seus desejos e suas necessidades a ele; ele era a representação de esperança para o povo.
Em seu governo, diferentemente de outros antigos, foi vigente a liberdade de expressão, ao contrário do que muitos pensam; sua política promovia intensa atividade e participação política, depois de muita repressão sofrida anteriormente. Acontece que, como em muitos outros casos, esses detalhes não foram veiculados em nenhum espaço de comunicação do mundo, ofuscando o verdadeiro sentido das ações de Chávez.
Não satisfeitos com as calúnias deferidas contra o presidente, os americanos aliaram-se aos militares venezuelanos, de maneira discreta, e organizaram o golpe que tirou Hugo Chávez do poder, mesmo que por reduzido tempo. O primeiro passo foi a manipulação de imagens do massacre de Caracas, a fim de acusar o chavismo de ter ocasionado o desastre. Com essa arma na mão, os opositores poderiam culpá-lo, obrigando-o a renunciar ao cargo.
Em seguida, os militares e seu comando cortaram o sinal do canal 8, através do qual o presidente se comunicava com a população, e invadiram o Palácio de Miraflores com uma carta de renúncia em mãos. Negando-se a assiná-la, Chávez foi levado pelos militares, e a população viu-se desprotegida e sem notícias de seu líder.
No dia após o golpe, o país acordou com a vigência de outro regime, que seus comandantes diziam ter sido instituído para que voltassem a reinar a justiça, a igualdade e a responsabilidade social, além da necessidade da recuperação da unidade institucional do país.
O povo, revoltado e baseado nas leis democráticas, viu-se na obrigação de lutar por seus direitos e resgatar seu presidente. Então, após dois dias do golpe, a guarda presidencial, apoiada pelo povo, invadiu o gabinete onde estavam os militares, mas os principais conseguiram fugir, entre eles Pedro Carmona. Eles recuperaram a emissora e puderam espalhar a notícia para o resto do país.
Até que Chávez pudesse voltar e assumir, o vice-presidente, que até então vinha sendo mantido escondido, ficaria em seu lugar até a chegada do seu superior. O vice deu ordem para que três comandantes voassem até a República Dominicana, onde supostamente o presidente estaria, e trazê-lo de volta. E, de fato, ele voltou. Com toda força para administrar com atividade e eficiência o seu governo.
Os EUA, obviamente, negam participação no golpe; alguns generais dissidentes fugiram para o território americano, outros trabalham atualmente para a oposição.
Entretanto, todo esse acontecimento serviu para provar que o povo ainda tem voz para mudar alguma coisa, basta ação. O problema das sociedades atuais é seu conformismo, sua inércia, ou possivelmente seu medo e insegurança, que impedem a solução de problemas que poderiam deixar de ser tão complexos.
Todo esse retrocesso serviu para o fortalecimento de uma conclusão já antes obtida por muitos. A força política e o poder que a mídia detém são inegáveis. Foi criada uma máscara que cobriu por muito tempo a história do golpe da Venezuela, uma máscara construída não por uma fonte de comunicação, mas por todas. A mídia uniu-se como um todo, defendendo particulares interesses e seus próprios, e conseguiu criar e propagar uma imagem extremamente negativa do líder venezuelano. E, talvez, essa imagem, como outras já construídas, nunca venha a mudar completamente.

sábado, 18 de outubro de 2008

"Sonho Tcheco"

Boa tarde, companheiros sofredores!
Resolvi postar hoje um trabalho que eu fiz para a disciplina Estética, uma resenha crítica de um filme.
Como quando eu fui ler outras críticas só as achei em blogs, resolvi dar mais uma ajudinha a quem for fazer uma próxima vez!
Boa leitura.



No universo de filmes incrivelmente interessantes e criativos, apresento-lhes uma visão de mais uma produção que está contida nesse espaço, cujo nome é “Sonho Tcheco” (2003), obra resultante do projeto final de graduação de dois estudantes de cinema da República Tcheca, que, inicialmente, diziam não saber o porquê dessa idéia.
O filme de Vít Klusák e Filip Remunda é, na verdade, o roteiro da criação de um hipermercado fictício. A idéia era proporcionar toda uma construção publicitária completa para convencer a população tcheca de que comprar naquele hipermercado seria a solução de suas vidas; tinha, inclusive, hora e dia marcados para a inauguração. Para isso, os quase-cineastas conseguiram envolver as maiores empresas de publicidade e de comunicações do país, além de toda uma equipe para construir suas próprias imagens de proprietários de negócios.
Alguns envolvidos nesse “processo mentiroso” não aceitaram a experiência de enganar pessoas por acharem que aquilo era falso e manipulador, chegando ao ponto de dizer que, se cineastas mentem, publicitários não o fazem. Pura hipocrisia, em minha opinião. A publicidade tende a persuadir as pessoas, muitas vezes “omitindo” aspectos do verdadeiro.
Óbvio que o objetivo dos criadores era ver até onde a mentira conseguiria chegar, até onde as pessoas acreditam no que vêem e escutam, e qual seria a reação da mídia e do público ao descobrirem que tinham sido ludibriados. Provavelmente, outro objetivo dos estudantes era testar o poder que a publicidade exerce sobre as pessoas, além de tocar no ponto do consumismo irrefreável, já que as pessoas sujeitam-se a horas nas filas para comprar produtos que muitas vezes são supérfluos. Entretanto, o filme pode levar a análises sob outras óticas, principalmente depois de assistirmos ao resultado dessa experiência de brincar com a verdade e a mentira.

Como já era de se esperar, a reação geral do público não foi muito amigável. As principais sensações avaliadas foram revolta, ofensa, ódio, tudo intercalado de risos de deboche. Afinal, quem gosta de ser enganado? Os jovens produtores sofreram ameaças de processos, foram xingados de trapaceiros e coisas piores.
Palavras dos próprios enganados podem ilustrar melhor a situação: “O país inteiro é uma grande fraude; pessoas enganadas assim é ultrajante! É uma boa piada, queriam ver quantos caíam nela”; “É uma ilusão; esse dia ficará marcado”; “Somos tratados como um bando de gado tcheco”. Mesmo parecendo algo impossível, alguns outros afirmavam já esperar por aquilo, pois nenhum hipermercado venderia produtos àqueles preços. O curioso é que a publicidade do suposto hipermercado fez uso de uma “psicologia invertida”, usando slogans como “Não venha” e “Não gaste seu dinheiro”. Irônico.
Diante desse quadro de indignação, é possível fazermos algumas reflexões a respeito da “moral do filme”. As coisas ao nosso redor estão tão misturadas entre verdades e mentiras, real e ilusório, que quase ninguém consegue mais distinguir a diferença entre eles. O mundo ilusório, que tende sempre mais a fazer parte do mundo em que vivemos, é uma teia que envolve cada vez mais pessoas, de forma a não deixar que elas encontrem o caminho do real. A linha entre essa antítese é muito tênue, imperceptível até.
Como visto, para criar um mundo falso não é muito difícil, em termos. Basta construir uma imagem, à base de muita persuasão, que pareça suficientemente concreta do objeto desejado. Pronto. As pessoas adentram na idéia de maneira rápida e fácil.
Se alguém no filme tivesse senso crítico suficiente perceberia que é isso que está acontecendo ao nosso redor; as construções de simulacros são constantes. No caso do filme, com a publicidade, mas o quadro é geral, em todos os aspectos; na arte e na vida. É como se as pessoas fossem adestradas a acreditar em tudo ao seu redor, seja verdadeiro ou não.

Outra questão é: os cineastas estão no direito de enganar pessoas? Merecem ser processados? É uma questão delicada. Não que devamos aplaudir atos como esse, mas acontece que todos estão sendo enganados freqüentemente, o que eles fizeram, apenas, foi assumir suas responsabilidades. Fica a reflexão para cada um. Para os tchecos, a lição é: nunca acredite em cineastas. Será?
Mesmo eu não sendo do tipo que espera horas na fila esperando alguma coisa abrir para o público, admito que, em outras circunstâncias, cairia nessa encenação. No entanto, são críticas como essa que nos fazem pensar duas vezes antes de acreditar em qualquer coisa.
O filme pode parecer para alguns um “teste de imbecilidade”, mas todos estão sujeitos a cair nessa armadilha. Portanto, não são os tchecos os facilmente manipuláveis, mas todos nós. A idéia do filme é simplesmente genial.

Bom fim de semana!

Beijos, Luminosidade.



domingo, 5 de outubro de 2008

Voto.

Olá!
Domingo, 5 de Outubro de 2008.
Dia do meu primeiro voto.
Já votei, estou emocionada. Juro.
Mas esse ato fez-me refletir sobre algumas coisas.
Por que diabos votar é obrigatório?
No caminho até o meu local de votação, enfrentando mais de 1 hora de trânsito (isso porque eu moro bem perto do lugar), fora as filas para votar propriamente ditas. Para quem só vota por obrigação, não deve ser lá muito agradável.
Qual o estímulo que as pessoas têm para votar em candidatos com currículos como os que têm hoje em dia? Provavelmente, nenhum.
Os que apóiam a obrigatoriedade afirmam que isso nada mais é do que um exercício do nosso direito à democracia.
Mas, calma aí, que democracia mesmo? Não creio que vivemos em um país democrático, e isso já foi motivo de diversas discussões em aulas de Sociologia. Não só pelo voto, mas por diversos fatores. Alguém já se perguntou se, por acaso, quisesse mudar alguma lei por aqui, como faria isso? Não que eu entenda 100% disso, mas sei que esse alguém teria que coletar milhares de assinaturas, e essa mudança teria que passar por diversos poderosos com interesses próprios até ser aprovada. Creio que no meio desse caminho nossa tão louvável democracia se perde.
Ademais, voltando ao nosso estimado voto, desde quando obrigar alguém a fazer algo é ser democrático?
Estranho conceito esse de democracia.
Após essas reflexões, concluí que eu sou contra à obrigatoriedade do voto.
Mas, de forma obrigatória ou não, alguém tem que ser eleito. Infelizmente, nas circunstâncias atuais.
Que vença quem seja mais capaz, de maneiras legais ou ilegais. É a realidade.
E que Deus nos acuda. Cada vez mais.





Beijos dominicais,
Luminosidade.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nada demais.

Boa noite, amigos!
Mais uma vez, cá estou eu com aquela velha companhia chamada "vontade de escrever". Puro ócio.
Resolvi também mudar a cara do blog, simplesmente cansei de tudo verde, apesar de ser minha cor preferida, até porque as coisas não são verdes sempre, nem tampouco cor-de-rosa. Enfim. Ao que interessa (ou não).
Inicialmente, pensei em escrever sobre umas matérias que eu ando lendo sobre alimentação e afins. Eu juro que me considero da geração saúde, estou sempre de regime e fazendo exercícios como uma louca, apesar de nem sempre funcionar, diga-se de passagem. As matérias que citarei saíram na Superinteressante, uma na edição deste mês, outra na do mês passado.
A primeira especulava sobre qual seria nosso comportamento se não engordássemos. O resultado, acreditem, não seria nada bom. Deixaríamos de comer as únicas poucas coisas saudáveis e naturais que nos restam, e passaríamos a ingerir mais porcarias do que nunca. Resultado: destruição em massa dos nossos órgãos vitais, pele e cabelo horrendos, e coisas desse tipo. Eu mesma, tenho certeza, adoraria comer doces 8 vezes por dia. Pena que isso seja irreal.
A outra matéria é, na verdade, uma entrevista com uma jornalista inglesa, se a minha memória não falha. O que ela acredita é que a quantidade de pessoas gordas e obesas é tão grande porque praticamente todos os "alimentos" têm algum tipo de gordura ou açúcar, mesmo a mais inocente barra de cereais. Os processos industriais pelos quais passam esses produtos acabam por extrair os mínimos nutrientes que eles poderiam nos oferecer, restando-nos, apenas, as nossas velhas calorias. Como se não bastasse, esses produtos industrializados saciam muito menos que os naturais, o que ocasiona rapidamente uma sensação de fome, e, logo, uma maior ingestão de produtos calóricos. Com a redução da prática de exercícios físicos, a coisa piora 10 vezes mais.
Pois é, também fiquei muito decepcionada. O que é saudável, afinal? Ora bolas. Isso me estressa.

O engraçado é que eu decidi não falar sobre isso na postagem de hoje.
Bateu-me uma súbita vontade de escrever sobre as superstições. E, curioso, porque minha pulseira do Senhor do Bonfim pocou, depois de alguns anos agarrada em meu pulso.
Vim aqui só para deixar meu parecer sobre isso, acabei falando (escrevendo) demais. Eu sempre me empolgo.
Bom, acabei descobrindo que as superstições existem desde que o homem é homem. Não me perguntem em que escala da evolução animal, por favor.
Com números, pessoas, imagens, objetos, atos. Sempre há alguma coisa para nos apegar em casos de extrema urgência. Mas existe aquela velha polêmica: são as superstições mais uma forma de desvio de problemas do dia-a-dia, ou uma forma de apego emocional, ou unicamente a necessidade de acreditar em algo sobrenatural?
Creio que é um pouco de tudo. Uns saciam-se com a religião, outros precisam de algo que acreditam ser mais concreto, palpável. Nunca se sabe. Superstição também não se deve discutir. Todos têm suas crenças, por mais sutis que sejam.
Mas, por via das dúvidas, não passem por baixo de uma escada.





Ah, Feliz Aniversário, Mãe!



Beijos, Luminosidade.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

SOS SAÚDE (e educação, moradia, segurança...)!

Boa noite, caros leitores!
Bem, confesso que venho aqui hoje por uma necessidade de gritar.
Não, não literalmente.
Sinto uma necessidade de partilhar com quem quiser minha indignação. Minha profunda indignação.
Fui aconselhada a assistir a um documentário de Michael Moore, chamado "Sicko - SOS SAÚDE". Admito que não imaginei que eu fosse ficar tão chocada e impressionada. Ninguém, creio eu, pode imaginar.
O documentário trata de histórias de vários americanos que pagam ou não seguros de saúde e NÃO recebem tratamento; tudo isso pela burocracia e ressalvas do governo ou dos próprios planos de saúde que, juro por tudo, querem a todo custo maximizar seus lucros, independente da saúde das pessoas. Vocês leram direito. Pessoas que nasceram nos Estados Unidos da América e não recebem tratamento médico. O sistema de saúde americano é tão ruim quanto o do Brasil e de outros países parecidos. Podem acreditar. Para aqueles que pagam ou não seguros de saúde, um tratamento médico custa milhares de dólares, por mais simples que seja. Se você tem um plano de saúde (se você é "sortudo" de conseguir passar pelos seus formulários de aceitação), as empresas fazem de tudo para que você não consiga seu tratamento. Quanto mais dinheiro economizar com exames, remédios e cirurgias, mais você ganha! Quer ficar rico? Trabalhe em uma empresa como essa e ganhe mais dinheiro a cada paciente que você negar auxílio! Que maravilhoso negócio! "Mate, enriqueça! Ajude, empobreça!". Que belo slogan.
É o sonho americano, gente!

PORRA, QUE MERDA DE SONHO É ESSE?

Eu sou bem sensível a certas coisas, confesso. Mas o documentário é realmente emocionante. Ninguém pode entender o que essas pessoas passam naquele país. É muita gente morrendo por falta de tratamento. Nem os voluntários do 11 de Setembro recebem ajuda para curar as doenças ocasionadas por meses trabalhanho no "marco zero". Mas, a idéia de "medicina socializada" não pode nem ser mencionada! Uma lavagem cerebral foi feita nas pessoas, e todos pensam que, se isso acontecer, os EUA vão virar socialistas! As empresas compraram os membros do governo (isso lembra a situação de algum país, gente?), e agora acabaram as esperanças! Quem vai mudar isso?
É lógico que eu deveria estar escrevendo sobre o meu país, por exemplo, que tem muito mais deficiências em vários aspectos que os EUA. Mas o que me indigna mais é a imagem que as pessoas têm desse lugar! Ou melhor, a imagem que esse país injeta na cabeça das pessoas!
Como os americanos podem ser tão nacionalistas? Em cada porta de casa americana, há uma bandeirinha vermelha, azul e branca.
Os americanos odeiam todo mundo! Mas, por que? Porque têm medo de que as pessoas descubram que os outros podem ser melhores que eles.
O que é mais engraçado é que, se um americano atravessar uma estrada por cerca de 10 minutos, chega ao Canadá, e pode receber um tratamento médico de primeira qualidade. Sem pagamentos por exames, internação, remédios. Eles atendem a quem precisar.
Isso acontece na Europa também. França, Inglaterra. Dizer que se paga planos de saúde a pessoas desses países é motivo de chacota. O Sistema Nacional de Saúde paga por tudo. E quem banca o sistema? Impostos, lógico. Incrível como isso funciona, não?
Revoltante como isso NÃO funciona em determinados lugares. Vergonhoso como isso NÃO funciona em países de primeiro mundo (teoricamente de primeiro mundo, na minha opinião).
Sabem outra coisa engraçada? Os terroristas capturados pelos EUA recebem tratamento médico ultracompleto. Centenas de vezes melhor que o que os americanos recebem.
Que coisa, não?
Querem saber de mais outra coisa?
A grande inimiga dos Estados Unidos, Cuba, oferece assistência de primeira qualidade a TODOS que precisam em seu país. Inclusive americanos. Quanta ironia no mundo!
"Por que nós podemos, e vocês, não?" - Filha de Che Guevara.
???
Mas, e quem não pode ir a Cuba, ao Canadá, à Iglaterra, à França?
...
Morre nas filas dos hospitais.




Onde nós estamos?








Pensem nisso e assistam ao documentário.
Vale a pena.
Com pesar,
Luminosidade.

domingo, 17 de agosto de 2008

É muita graça.

Boa noite, amigos!
Luminosidade, escrevendo em um domingo, completamente acabada de uma festa ontem.
Cansada, com sono, com os pés doendo, mas não dá para dormir agora, nem tem nada interessante para se fazer.
Então, vamos ler notícias.
Foi o que fiz.
Deparo-me com uma manchete, no mínimo, bem chocante: "Mulher esfaqueia Dayane dos Santos".
Bem, como assim? Apertei na notícia desesperada, já pensando que uma louca em Pequim esfaqueou a coitada por ela não ter ganho uma medalha. Talvez a técnica dela.
Quando leio a notícia completa, tenho crises de riso de deboche.
Aqui segue a própria:
"A tentativa de homicídio, segundo a polícia, se deu por ciúmes de Michele Moura da Silva, de 23 anos. Ela não aceitaria ser trocada por Dayane Oliveira dos Santos, de 18. Por isso, no final da tarde deste domingo ela se dirigiu à casa da “rival” , invadiu e desferiu alguns golpes de faca. O crime ocorreu no bairro do Vergel do Lago. Já Michele Moura, a agressora, reside no Prado. Ferida, Dayane foi levada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Coordenadoria de Emergência Armando Lages (Coemal) no bairro do Trapiche." (Gazetaweb.com).
Poxa, gente.
Ou existem na China bairros chamados "Vergel do Lago", "Prado", "Trapiche", ou acho que li a nótícia errada.
Com certeza devemos criar um título que chame a atenção do leitor, para que ele leia a matéria completa, mas isso já é propaganda enganosa. Falso título.
Quem não iria achar que a GINASTA Dayane dos Santos foi esfaqueada?
Odiei a matéria.
Agora, pensem comigo.
Está para ser votado o Recurso Extraordinário (RE) 511961, que, se aprovado, "elimina a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício" (Manifesto à Nação - Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil - Fenaj).
Agora, reflitam vocês, se antes de o processo ser votado, já existem por aí centenas de jornalistas incompetentes, anti-éticos, mal formados, imaginem quando o diploma não for mais exigido!
Salve-se quem puder!
Pelo bem dos leitores e da sociedade em geral, que, pelo menos, os jornalistas tenham diploma. Mesmo que ele não signifique NADA para alguns infelizes.






Boa noite!
Abraço, Luminosidade.


domingo, 3 de agosto de 2008

Brasileiros têm cultura?

Boa noite!
Voltei, desta vez em menos tempo.
Último dia de férias, devo aproveitar meus momentos de concentração e inspiração (escrever exige isso, juro).
Às vezes, tenho vontade de escrever, mas não consigo pensar em temas que realmente aticem minha imaginação.
Hoje, meu interesse foi despertado.
O tema sobre o qual escreverei foi uma sugestão de meu amigo Lucis. Ele é uma das pessoas com quem mais discuto, quem mais me irrita com suas opiniões, digamos, intensas. Ele é o tipo de pessoa que não muda de opinião muito facilmente, sinal de personalidade forte, como a minha. A diferença é que, muitas vezes, me falta a paciência de convencê-lo. Ele diz que é falta de argumentos. Alumas vezes, pode até ser. Mas outras são porque eu realmente não aguento discutir com ele e não chegar a nada. Mas, o fato é que ele me fez crescer intelectualmente, e creio que continuará fazendo.
Enfim, vamos ao verdadeiro tema da postagem.
Quando ele estava a sugerir-me temas, ele disse para eu falar sobre "a falta de cultura do país". Depois, preferiu reformulá-lo, propondo-me discorrer sobre "a desculturalização brasileira e sua alienação".
Vamos lá.
Não é a primeira pessoa que me diz que os brasileiros têm cada vez menos cultura, que é preciso incentivar a cultura no país, etc., etc.
Mas, o que é cultura?
"Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e 'preenchem' a sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período" (Cultura - Wikipédia).
Pois é, acho que muitas pessoas utilizam esse conceito erroneamente.
É óbvio que o Brasil tem muita cultura. Seu povo nunca vai deixar de tê-la. De um modo ou de outro, cada região cultiva a sua própria (uns mais, outros menos), que sofre alterações ao longo do tempo, e que transforma o país em um dos mais diversificados do mundo.
Ninguém pode negar isso.
Creio que o que muitos querem dizer é que o que falta no país é o incentivo ao crescimento intelectual. Que muitos não têm a oportunidade de desenvolver a inteligência, ler "bons" livros, escutar "boas" músicas, praticar "boas" atividades estimulantes, enfim, mil coisas.
Os adjetivos vieram entre aspas por motivos que já citei aqui. Para mim, eles são completamente relativos. Os adjetivos devem ser usados de forma pessoal, não cabendo a ninguém julgar a capacidade do outro pelos seus gostos.
Dessa forma, acredito que ninguém precisa ler ou ouvir grandes obras o tempo todo para ser inteligente, perspicaz, genial. Se puder fazê-lo, ótimo! Isso só faz crescer seu repertório de conhecimento. Maior poderá ser seu poder de discussão, argumentação, diálogo.
O importante não é apreciar todas as ditas famosas obras do mundo, mas conhecê-las, contextualizá-las, encaixá-las no cotidiano; citá-las, seja positiva ou negativamente.
Quanto mais soubermos, melhor, lógico. Mas não devemos nos sentir obrigados a gostar do que os intelectuais gostam. Devemos gostar do que nos dá prazer.
Voltando ao Brasil...
Mas, digam-me: como um país pode se preocupar com "incentivo ao intelecto" quando a maior parte da população morre de fome, não tem onde morar, não estuda? Difícil, muito difícil.
Antes de tudo, é preciso que esse quadro seja revertido, assim como é preciso limpar a imagem do Brasil, que é visto apenas como criadouro de prostitutas e bandidos.
Aí, sim, deveremos nos preocupar com a erudição dos brasileiros.
Fica aqui minha opinião.
Até a próxima.
Abraços,
Luminosidade.

sábado, 26 de julho de 2008

Dor de cotovelo.

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem
pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você



(Amado - Vanessa da Mata)



Êta, romantismozinho desgraçado...



Bom sábado, com ou sem companhia!
Abraços,
Luminosidade.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Amores.

Boa noite!

Bem, parece-me que nas férias visito mais este lugar, o que é bem plausível, pois tenho mais tempo.
Sabem aquela velha história: "cabeça vazia, oficina do diabo"?
Pois então, é isso que acontece comigo. Às vezes é o diabo mesmo que me atormenta, outras vezes até que eu tenho boas idéias para discorrer sobre.
Então, há uns tempos eu estava com vontade de partilhar minha angústia amorosa com alguém, mas só eu me entendo (aliás, minha amiga Mariksa até que passa por isso também), daí fica difícil conversar. Mas, como o blog é meu, é lógico que eu posso "dialogar" com ele, e com quem quiser ler as minhas maluquices.
Vocês já devem ter percebido que eu bato muito na tecla "amor da minha vida". Pois é, isso acontece porque eu realmente me preocupo. Já paquerei, já fiquei, já namorei, e nada de ser feliz completamente.
Quando gosto de alguém de verdade, parece que esse alguém aperta o botão "ignorá-la", e me deixa na merda.
Eu sou meio doida com relação a essas coisas. Quando estou com alguém, não gosto; quando não estou, gosto. Sou insensível por um lado, completamente sentimental por outro. Choro em todas as minhas TPMs. Vai entender.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu realmente gosto de alguém, ou tenho uma grande queda por ele, mas ele nem me nota. Aliás, não me notava, pelo visto. E isso me preocupa. Sabem o que é babar por alguém desde os 12 anos? Realizar o sonho de ficar com ele, morrer de amores e nem ser lembrada? Pois é, acho que isso aconteceu comigo. Sabem o que é achar que esqueceram alguém, mas verem aquela pessoa e quase terem um ataque cardíaco, quase desmaiarem? Então, isso também acontece comigo. E eu não gosto disso. Se eu fosse correspondida, até amaria. Mas eu não gosto de estar sempre vulnerável a isso. Não gosto mesmo.
Porque qualquer ponta de ousadia que me dão, eu me empolgo e, em seguida, quebro a cara.
Hoje aconteceu isso. Recebi uma notícia, depois li um e-mail. Parece que tudo se encaixou. Ainda não quebrei a cara. Ainda.
Será que é pedir muito amar e ser amada?
Pelo visto, é.
Eu posso até ser uma adolescente ridícula falando essas coisas em plena flor da idade. Ainda tenho muitos anos de experiência para viver, espero eu. Mas com certas coisas devemos nos preocupar desde cedo. Não com isso, mas eu gosto de ser do contra.







Só quero ser feliz.







Obrigada pela paciência de lerem minhas loucuras.
De coração,
Luminosidade.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

...

Toc, toc, toc! Tem alguém aí?
Nossa, que péssimo. Perdoem-me pela falta de intimidade com a escrita. Muito tempo sem escrever! Tantas coisas aconteceram, nem saberia contar tudo, na verdade.
Enfim, meu espírito escritor voltou a aflorar. Será?
Bom, eu estou com vontade de escrever. Mas sobre o quê?
Sei lá.
Preciso ter um tema?
Talvez. Lógico. Hein?
Que confuso isso.
Me dá vontade de escrever sobre várias coisas, de extravasar ("extravasa, libera e joga tudo pro ar!"), de contar besteiras. Mas, em compensação, não me vem nada específico. Será que são as férias?
Possivelmente.
Mas uma jornalista não pode tirar férias de escrever.
(Claro que pode, estúpida. Todo mundo tira férias).
Está aí uma coisa que me intriga. Eu quero ser jornalista, sem dúvida. Amo a profissão, mesmo sem nunca tê-la exercido oficialmente. Acho que eu não seria capaz de ser outra coisa (não vamos exagerar, sempre há "outra coisa"). Mas eu acho que não tenho o tão famoso "faro jornalístico". Sei lá, eu não paro e penso: "nossa, isso dava notícia". Eu simplesmente escrevo quando me dá vontade (ou quando me mandam). Crise existencial? Pode ser. Sempre.
Crise profissional? Acho que não. Provavelmente nunca.
O fato é que eu tenho preferências dentro da minha futura profissão, claro.
Será que eu posso ser âncora e ter ao mesmo tempo uma página todinha para mim em uma revista conceituada, só para eu escrever as minhas loucuras?
Acho que é possível. Só preciso batalhar.
É, vou fazer isso. Afinal de contas, esse é meu objetivo.
Será que eu posso ser âncora e ter ao mesmo tempo uma página todinha para mim em uma revista conceituada, além de encontrar o amor da minha vida? Hum... Pergunta difícil.
É, eu tenho cada vez mais certeza de que eu sou maluca.
Ossos do ofício.





Obrigada por me entenderem.
(Vocês me entendem?).





Boa noite,...
Como eu costumo assinar?
Ah...
Luminosidade.

sábado, 3 de maio de 2008

Imposto para beneficiar os feios?

Estou de volta, finalmente!
Boa noite!


É, amigos, triste vida a minha. Depois de tanto tempo sem postar, aqui estou eu, em pleno sábado à noite, escrevendo e ouvindo Elba Ramalho. E isso não é o pior; o péssimo é estar em casa no fim de semana, e ainda com o maior clima de nostalgia e a maior carência. Querem mais? Tenho, no mínimo, dois mega trabalhos para fazer. E estou gripada. Podem sentir pena de mim. Preciso.

Mas chega de lamentações, já que, afinal, não é esse o objetivo (pelo menos o principal) do meu blog.
Senti vontade de escrever sobre uma matéria de uma revista, com um tema, digamos, polêmico.
Estava eu a ler a revista Superinteressante do mês de abril, justamente na parte do "Superpapo", quando me deparo com Gonzalo Otálora, um JORNALISTA, escritor, produtor de TV, e sei lá quantas coisas mais ele é, tentando defender os "feios e horrorosos".
Entre as várias coisas ditas, ele afirma que "a minoria mais sofrida e discriminada são as pessoas desprovidas de beleza", isso em todos os aspectos, desde empregos a relacionamentos pessoais.
Ele mesmo disse que passa por isso, e sentiu muito mais quando era jovem (detalhe: não achei o cara feio, pelo menos não atualmente).
Mas, enfim, o que eu achei mais incrível foi a sugestão dada por ele. Preparem-se: palavras chocantes virão.
O cara sugeriu na sua autobiografia a criação de um imposto para beneficiar os feios!!! Vocês viram direito, imposto para beneficiar os feios! Ele argumenta que os "feios" são menos favorecidos socialmente, como eu disse anteriormente.
Ok, vamos analisar a sua sugestão.
Primeiro, o que mais me deixa abismada é ele ser um jornalista. Peraê, ele não estudou Estética? Que parâmetros existem para classificarmos alguém de feio ou bonito? Se 1.000.000.000 de pessoas disserem que alguém é feio e 1 disser que é lindo, por que a maioria estaria certa? Isso simplesmente não existe. Não só com relação à beleza, mas a gostos em geral. Não existem coisas boas ou ruins, bonitas ou feias, universalmente. O que há são coisas mais ou menos elaboradas, complexas (com relação a músicas, por exemplo) e gostos diferentes! Tudo é relativo!
É lógico que eu não vou ser hipócrita e dizer que não existem padrões de beleza que fazem com que certas pessoas "diferentes" sejam discriminadas. Infelizmente, isso existe. Otálora também toca nesse ponto, quando afirma que acha "degradante expor um setor minoritário da população como símbolo de beleza". Com isso eu concordo, mas, desafortunadamente, é uma coisa difícil de mudar.
Voltando à questão do imposto, ele disse que o parâmetro para o pagamento seria uma foto dele quando adolescente. Se a pessoa fosse mais feia, ok, safava-se. Se fosse mais bonita, pagava. Certo, mas quem teria o poder de dizer quem era ou não mais bonito?
Ah, pelo amor de Deus! O cara pode ser uma aberração para mim e ser um príncipe para minha melhor amiga!
Na verdade, ele diz que essa idéia é mais para chamar a atenção através do humor para falar de coisas sérias, como desfiles de moda, que provocam a padronização de uma beleza praticamente impossível de se alcançar pela maioria da população.
Mas, faça-me o favor! Vá procurar coisa melhor para fazer, ao invés de ter coragem de divulgar essas inutilidades! Já sei, reler os conceitos dos estetas! Só podia ser argentino mesmo!
Fica a idéia.




Bom fim de semana, pessoal.
Fico com a companhia de Elbinha e Zé Ramalho.




Beijos,
Luminosidade.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Que voltem os revisores! E os bons jornalistas também!

Boa noite!


Infelizmente é um fato que o jornalismo em Alagoas nunca foi uma referência nacional. Talvez pela falta de recursos, ou pela sobrecarga dos jornalistas, talvez pela má qualidade da preparação dos profissionais. Sendo mais específica, ler um jornal local impresso hoje em dia me incomoda.
Não me agrada criticar o trabalho de ninguém, muito menos dos meus companheiros de profissão, mas certas coisas simplesmente não passam em branco. A quantidade de erros de digitação, de pontuação, e até mesmo de falta de palavras que acabam com o sentido da frase é impressionante. Não existe um jornal sequer que possua pelo menos 90% do conteúdo como deveria ser, em se tratando da escrita.
Como atualmente o jornalista é multiuso, é uma verdade que cabe a ele fazer tudo dentro da redação: colher a pauta, escrever, revisar. É claro que é muita coisa para se fazer visando à perfeição, mas a delicadeza e a cautela ao escrever são necessárias. Se não existem mais os revisores para auxiliá-los, que os jornalistas sejam competentes o suficiente para fazer um trabalho de muito boa qualidade. É isso que a população merece.
Ao ler o jornal Tribuna Independente numa sexta-feira, dia 14 de março de 2008, deparei-me com a seguinte notícia: “PAC é vacina contra crise nos EUA e propulsor do PIB, diz Rousseff”. Uma matéria jornalística com conteúdo necessário e apropriado, importante no âmbito nacional, sem maiores glórias ou obscuridades, à exceção de alguns problemas que eu considero sérios. Sem contar com o lapso de uma vírgula essencial, as duas últimas transcrições das falas da ministra da Casa Civil apresentam graves erros. A penúltima contou com um erro de concordância verbal, e a última simplesmente não faz sentido, está incompleta. Agora imaginem se essa fosse nossa única fonte de informação, como entenderíamos o que está se passando? É uma pergunta que todos os jornalistas deveriam fazer a si mesmos.
Isso vale com relação à apuração de informações também, como ressaltou em seu blog meu colega de curso Arthur. Cada veículo de comunicação traz uma matéria diferente, com informações que não batem. E aí, como a gente vai saber quem está certo? A população acredita em tudo que aparece nos jornais e na TV; mas se cada um diz uma coisa, em quem acreditar? E aqueles que só têm uma fonte de informação, como ficam? Informados? Ou enganados?
Difícil, muito difícil.
Todos nós estamos sujeitos a errar, mas devemos evitar esses erros ao máximo, de acordo com nossas possibilidades. A sociedade merece um jornalismo de qualidade, em todas as áreas, e cabe a nós, jornalistas, fazê-lo.



Grande beijo,
Luminosidade.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Onde chegamos!

Boa noite!

Jornal Gazeta de Alagoas, 18 de março de 2008.
"[...]É oportuno lembrar que a presente decisão está sendo proferida em plena Semana Santa, certamente o momento justo a exigir profundas reflexões por parte dos que estão por elas atingidos. Os que por ventura tenham culpa em razão de atos tão ignominiosos, deveriam aproveitar a semana santa e recorrer à misericórdia divina na esperança que lhes minore as exarcebadas dores de consciência decorrentes de muitas dores físicas e morais causadas a tantos" - Antônio Sapucaia sobre o afastamento dos deputados devido à operação Taturana.
Eu fiquei tão chocada com isso que anotei na minha agenda e achei pertinente postar no meu blog.
Olha só onde chegamos! Tendo que apelar para forças divinas a misericórdia!
Acho que isso não exige mais comentários. A não ser o fato de que, apesar de muitos terem gostado do recado, Sapucaia não poderia ter dito isso, pois é o que chamam de juízo de valores, coisa que não cabe a ele fazer (segundo fontes em off).




Peçam perdão na Semana Santa também, por favor!





Beijos carinhosos,
Luminosidade.

terça-feira, 4 de março de 2008

Gostos.

Boa noite!
Bom, hoje resolvi escrever sobre isso porque estou sobre influência de uma matéria, Estética, que nós pagamos nesse semestre na faculdade.
Existem algumas teorias que discutem o que representa a estética, mas vamos admitir por hoje que ela é a Filosofia do Belo e da Arte, utilizando um amplo conceito de belo, não o tradicional que conhecemos. Longa história que não é necessário ser contada, por agora.
É através dela (Estética) que vamos descobrir porque gostamos de certas coisas ao invés de outras, ou porque algumas pessoas curtem coisas que são bizarras na nossa concepção, por exemplo.
Eu acho isso muito interessante, porque sempre defendi que devemos respeitar os gostos dos outros, nunca julgá-los como bons ou ruins, acho isso bem patético.
Segundo nosso professor, aquela velha história de que gosto não se discute não é válida. Gosto se discute, sim, mas não chegamos ainda no ponto de saber o porquê disso (é, amigos, quando eu souber, eu digo). O que eu sei até agora é que existem porquês que justificam nossas preferências.
O que eu faço questão de comentar é que até agora nós estudamos alguns pontos da iniciação à Estética, nos quais, dentre eles, estão as concepções de estética objetiva e subjetiva, resumindo.
Na estética objetiva a beleza é uma coisa intrínseca ao objeto, ele é belo por si só, é uma coisa natural, ninguém precisa considerá-lo belo para que ele seja, uma coisa bem semiótica pierciana (vale ressaltar que não fui eu que lembrei dessa relação).
Já na estética subjetiva é o sujeito que considera o objeto como belo, ou seja, essa concepção é puramente individual e resultado de uma série de fatores internos ao sujeito, como sensação, percepção, interesse, etc.
Na minha opinião de iniciante a essa matéria, eu considero uma lógica mais plausível a do segundo conceito, mas futuramente eu posso dar minha opinião melhor embasada.
Considerando essa minha opinião, creio estar certa, por enquanto, quando digo que não existem gostos bons ou ruins, apenas variáveis de acordo com as pessoas e seus ambientes de criação e convivência.
Tenho certeza de que irei postar muito sobre essa matéria, pois ela é bastante interessante. Já tenho inclusive outros tópicos das aulas para comentar, mas fica para um outro dia, essa postagem já foi longe demais por hoje.
Mas, antes de finalizar, eu tenho que dizer isto: acreditem se quiserem, mas até aquelas músicas consideradas terrivelmente podres por nós e que não conseguimos tirar da cabeça são consideradas experiências estéticas, só que, lógico, do desprazer; é que se elas ficam na nossa mente "para sempre" é porque são intensas de alguma forma, e a intensidade faz parte da análise do estético. Enfim, depois eu me aprofundo nisso.





Grande beijo,
Luminosidade.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Atletas.

Boa noite!
Estou de volta, finalmente.
Inspirei-me hoje por conta do início das aulas na Universidade, aulas essas que aconteceram no Laboratório de Informática da Biblioteca, maior cara de redação de jornal (menos, querida, menos). Conseqüentemente, me deu uma baita vontade de escrever.
Esse começo de ano letivo também me lembrou uma coisa que na verdade eu nunca esqueço, meu eterno Handball.
Saudades dos tempos de pré-enfermidade no colégio, saudades dos treinos, das companheiras, das viagens, do prazer de praticar o esporte.
Acredito que essas últimas notícias sobre Ronaldinho e Gustavo Kuerten trouxeram à tona também as minhas más lembranças.
É difícil aceitar quando um sonho se desmorona por uma fatalidade, um descuido, um drible ou um salto errados, ou simplesmente porque tinha que ser.
Anos de treinamento e dedicação, anos de sofrimento, mas também de realização e bons frutos, anos de exclusividade.
E então, de um instante para outro, o motivo da sua dedicação, o que te proporciona momentos de completo êxtase, é arrancado de você e te deixa sem chão.
Imaginem um atleta ser descartado de uma Olimpíada por uma entorse no tornozelo.
Imagine um atleta ter de parar de jogar porque uma lesão nos seus quadris o impede de continuar.
Imagine um atleta ter de parar de jogar porque duas lesões nos seus dois joelhos insistem em detê-lo.
Acreditem, eu sei do que estou falando.
Eu também fui impedida.
Nunca fui uma atleta profissional, mas sempre tive paixão pelo meu esporte, sempre procurei dar o melhor de mim, e o mais importante, sempre senti prazer praticando-o.
Desde que parei de jogar uma parte de mim é vazia, incompleta.
É como um cantor perder a voz, um artesão perder as mãos, um motorista perder as pernas.
Eu acredito muito que tudo acontece porque tem que acontecer, portanto eu não posso considerar esses fatos como injustiças.
Eu apenas tento por meio destas palavras mostrar como um atleta profissional, ou qualquer um que tenha suas ferramentas de trabalho "bloqueadas", se sente após ser impedido de continuar.
Fica aqui meu sincero pesar.




Abraço,
Luminosidade.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Big Brother Brasil.

Boa noite!
Bem, tenho quase certeza de que a maioria das pessoas que vai ler essa postagem vai achar que eu vou esculhambar com o programa, como uma boa jornalista deveria fazer (ou não). "Oh, que coisa mais medíocre esse BBB!".
Não vou negar que coisa mais fútil e medíocre não existe até agora, mas muito menos vou pensar em mentir e dizer que eu não gosto de assistir.
Eu ADORO aquela porcaria!
E vou continuar assistindo a quantas mais edições forem feitas.
E digo mais: reprimo aqueles que ficam reclamando a todo momento, acabando com as pessoas que assistem, xingando o programa de ordinário, de alienante (ô palavrinha usada utilmamente!) e coisas piores.
Muitas dessas pessoas falam isso da boca para fora, só para aderir à moda de falar mal da mídia.
Realmente esse programa é tudo isso, não tem nada a acrescentar; a única coisa que presta são os textos do grande jornalista que é Pedro Bial, ao meu ver.
Muita gente se pergunta se ele deixou de ter credibilidade na profissão após aceitar apresentar o programa, uma coisa tão sem conteúdo, bem do que a massa da sociedade gosta (e eu estou incluída nela, pelo visto). Eu também tenho essa dúvida, apesar de achar que o programa não teria a audiência que tem se não tivesse um apresentador como ele, pois, como eu já disse, o Big Brother é mesmo uma porcaria, mas aquela porcaria que não sai da boca dos críticos.
O que eu tenho para dizer é que eu gosto de assistir ao programa, como a novelas, filmes-clichês e outras coisas consideradas insignificantes para a "elite intelectual", porque eu gosto de ME DIVERTIR, ME EMOCIONAR, PASSAR O TEMPO, ETC., só faço isso com esse propósito, pois se eu quiser acrescentar algo à minha vida, podem ter certeza que eu iria estar numa sala de aula, ou lendo um bom livro, ou discutindo com alguém com a mesma finalidade que eu. E eu também faço isso.
E outra coisa, esse papo de alienação por parte da mídia, na minha opinião, atinge, sim, uma grande quantidade de pessoas que não têm oportunidade de crescer intelectualmente por diversos fatores, mas eu não acredito que isso possa destruir a inteligência das pessoas com um nível, digamos, mais alto de intelecto.
Está certo que o Brasil é o país que mais dá audiência aos "reality shows" (ou pelo menos um dos), e, tenho que admitir, isso não é bom.
Eu posso ser uma alienada por estar dizendo isso, mas eu não acredito que eu seja; acho que a mídia pega quem deixa ser pego.
Fico por aqui.






Grande beijo, Luminosidade.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sonhos.

Boa noite!
Me deu uma super vontade de escrever sobre sonhos, especialmente porque eu tenho sonhado muito esses dias, ou pelo menos me dado conta dos meus sonhos.
Eu acho tão incrível essa coisa! Impressionante, as nossas emoções ou lembranças que ficam retidas inconscientemente e se manisfestam por meio de sonhos malucos, viagens que mais parecem decorrentes de entorpecentes (nossa!).
Juro que admiro muito Freud, por ter trazido à tona essa idéia de inconsciente, um meio de revelar traços da personalidade humana.
"O sonho é justamente o fenômeno da vida psíquica normal em que os processos inconscientes da mente são revelados de forma bastante clara e acessível ao estudo. Na concepção freudiana, o sonho é um produto da atividade do Inconsciente e que tem sempre um sentido intencional, a saber: a realização ou a tentativa de realização - mais ou menos dissimulada, de uma tendência reprimida. Assim, os sonhos revelam a verdadeira natureza do homem, embora não toda a sua natureza, e constituem um meio de tornar o interior oculto da mente acessível a nosso conhecimento" (autor desconhecido - www.terra.com.br/educacao).
"O sonho é uma defesa do sono, a isso pode acrescentar-se que o sonho aberto, essa história visual que se vive de noite e se conta de dia, é a oportunidade para sair de um sonho, da surda corrente subterrânea dos temas de que o sonho trata, cuja lógica preside ocultamente a vigília, até que se possa manifestar num episódio constituído, ganhando estatuto de consciência. Segundo Freud, não existe nenhum fundamento nos fatos de que os sonhos tem (sic) o poder de adivinhar o futuro e nos sonhos não existem sentimentos morais" (retirado do mesmo lugar).
Complementando, não existe aquela história de que se sonharmos com dente alguém vai morrer, por exemplo, e se morre, é pura coincidência. Na verdade a interpretação dos sonhos é feita de forma individual, visto que ela mostra os pensamentos e as experiências retidas de cada pessoa "excluídas da consciência pelo ego e superego".
Me perdoem a cópia, mas não tenho mais o que dizer.
Até a próxima!





Grande beijo,
Luminosidade.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Violência no trânsito.

Boa noite!
Até que enfim voltei a escrever aqui. Nunca mais tive tempo de me concentrar, mas confesso que estava com saudades.
Novamente o tema foi sugerido por minha amiga Miss Alagoas.
Eu não tenho muito o que falar sobre isso, mas é um fato que o trânsito está cada vez mais sendo composto por pessoas irresponsáveis.
Digo isso porque daqui a pouco tempo eu também vou fazer parte dele, e gostaria muito que as pessoas respeitassem umas às outras, fossem cautelosas.
O pior de tudo é que no trânsito não está em jogo apenas a segurança de quem dirige o próprio carro, mas a dos outros também, tanto motoristas como pedestres. Isso que me revolta. As pessoas são tão egoístas que só pensam nelas mesmas, não querem saber se o próximo vai ficar bem ou não.
Eu sei que eu ainda não faço parte desse caos e que não sei como as coisas funcionam quando se está "pilotando", mas eu sou passageira, poxa. Eu vejo as coisas, não sou estúpida.
Também sei que o estresse do dia-a-dia acaba com o cuidado e a paciência de qualquer um.
Os acidentes aumentam com os feriados, que, diga-se de passagem, não são poucos no Brasil. Qualquer um está sujeito a se acidentar. Por mais responsáveis e cuidadosos que sejamos, estamos a mercê de muitas pessoas que nem sequer preocupam-se com suas próprias vidas.
Foi constatado que os acidentes no Carnaval deste ano diminuíram com relação ao do ano passado. Dizem por aí que foi por causa da proibição das vendas de bebidas alcóolicas nas estradas federais e por conta do aumento da fiscalização.
Sinceramente, para mim foi sorte.
Não que seja uma "sorte bem sortuda", porque apesar da diminuição, muita gente morreu.
Acho que o que é necessário não é proibir bebida alcóolica na estrada ou qualquer coisa parecida, e sim conscientizar as pessoas.
Que discurso moralista, não?
É o mesmo utilizado com relação à educação, por exemplo.
Mas, estou mentindo?
Já que eu não tenho poder de fazer nada, pelo menos com grandes dimensões, resta-me falar, já que é a coisa que normalmente os jornalistas fazem de melhor.






Um beijo,
Luminosidade.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Leitura.

Olá!
Essas férias estão me deixando inspirada, quase intelectual.
Antes de mais nada gostaria de esclarecer que não estou escrevendo todos os dias simplesmente porque não tenho tempo, não por falta de assunto ou interesse (oh, que garota ocupada).
Hoje me deu vontade de falar sobre leitura, acho que porque ganhei um livro de aniversário (presente atrasado mas não menos adorado).
Estou aproveitando esse meu tempo livre para ler mais, não que eu não leia normalmente, mas minha dedicação é menor durante o período letivo, e estou cada vez mais apaixonada por esse hábito.
Coisa mais gostosa de fazer! Conhecer novas personalidades, novos lugares; imaginar cenas, feições; amar, odiar e se identificar com personagens; mergulhar em um mundo normalmente diferente do nosso. Conhecer a vida de pessoas importantes em suas biografias. Que mágica!
Não tenho o direito de dizer que quem não lê é triste, pura questão de gosto, mas tenho certeza de que essas pessoas têm um lado vazio na vida, já que a leitura preenche nossa mente, atiça nossa imaginação.
Mas uma coisa me chamou a atenção quando eu lia um livro chamado "A arte de escrever". Ganhei esse livro da minha "boadrasta", às vésperas do vestibular, acreditando que ele ia auxiliar na construção da minha redação, ou coisa parecida. Na verdade, era uma tradução de cinco escritos de Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, mais ou menos. Nesses escritos ele dizia, entre outras coisas, que quem lê demais, o tempo todo, não é um erudito, pois essas pessoas só absorvem as opiniões e descobertas dos outros, são quase incapazes de formar suas próprias opiniões. Eu até concordo com ele, pois normalmente formamos nossas opiniões baseados em constatações, a partir de coisas que ouvimos, vemos, lemos, mixando-as aos nossos próprios pareceres.
Mesmo concordando em parte com ele, claro que eu não deixei de ler, pois é uma coisa que gosto bastante de fazer, caso contrário acho que não teria escolhido essa profissão.
Antes de encerrar, gostaria de dizer o nome do livro que estou lendo atualmente: "Dona Flor e seus dois maridos", Jorge Amado. (Será que estou sendo influenciada pela ocasião e estou tão complexada com a soltirice que quero logo dois maridos?).
Então aconselho, àqueles que me permitem, que leiam mais, aproveitem um hábito tão rico e tão prazeroso!
Quem inventou a leitura (ou a escrita) foi um gênio!
Felizardos somos nós, que temos esses gênios escrevendo e deixando jóias a nosso dispor!





Um beijo,
Luminosidade.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Igreja.

Bom dia!
Hoje eu resolvi escrever sobre isso devido a uma conversa que eu tive ontem com meu professor de inglês, na Cultura Inglesa.
Estávamos a falar sobre livros, ele me aconselhando a ler mais livros em inglês, coisa e tal, quando ele me perguntou os gêneros que eu mais gostava de ler.
Eu disse que amava os policias, os de religião (principalmente as orientais, muçulmanas e similares) e aqueles que envolviam mistérios a serem resolvidos.
Daí ele me perguntou o que eu achei do livro "O Código Da Vinci", se aquilo era mesmo ficção ou realidade.
Achei a pergunta muito interessante e pertinente, e fiquei a pensar.
Na verdade, na hora eu respondi que achava que era ficção, mas foi mais por um impulso do que por certeza propriamente dita.
Ele respondeu que achava completamente possível que aquilo fosse realidade, que a Igreja tinha muito o que esconder.
Esse questionamento nos levou a conversar sobre os mistérios da Igreja, se ela tinha ou não coisas a mascarar.
Quanto a isso eu não tenho dúvidas, é claro que ela esconde muita coisa.
Mesmo eu sendo católica, indo à igreja aos domingos, tendo muita fé, acreditando muito em Deus, eu estudei História, assim como muitos católicos.
Eu conheço os "pecados" da Igreja, seus deslizes, suas espertezas, ou pelo menos parte deles.
E isso nos faz pensar até onde a gente pode confiar nessa Instituição.
É muito difícil admitir isso, até porque eu não gosto de ser vista como pecadora aos olhos de Deus (mesmo sabendo que sou, em vários aspectos).
Mas a realidade tem que ser mostrada, mesmo sendo dura.
Nós conversamos sobre isso também, sobre ser pecador.
Comentamos que não concordamos com certas posições da Igreja, e discutimos sobre até onde desobedecê-la é pecado.
Durante a uma semana que eu passei em São José da Coroa Grande, com minha amiga Mariksa, escutei a versão de um padre sobre o pecado, mas pelas palavras de uma tia dela.
Segundo ela (e ele), o pecado é definido pela pessoa, só é pecado o que nós consideramos que seja, o que nós achamos errado.
Ou seja, só cometemos um pecado se nossa consciência pesa, e olhe lá.
Nessa linha de raciocínio, os assassinos não pecam, ou a maioria deles.
Não sei se concordo muito com isso, não consegui formar uma opinião decente.
Enfim, na minha tímida opinião de católica leiga, o mais importante não é seguir a fio todos os mandamentos, mas sim ter fé e acreditar na salvação.
Fico por aqui.






Um beijo.
Luminosidade.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Casamentos.

Boa tarde.
Eu vou falar sobre casamentos hoje porque ainda sinto os efeitos de um deles.
Duas irmãs casadas, uma acaba de se casar (ontem, literalmente).
Ao acordar hoje, recebi o meu destino pronto.
Minha bisavó de 100 anos, que foi aos dois casamentos, assim que me vê solta o seguinte comentário: "Só falta você, né, minha filha? Mas se for freira não precisa casar! O casamento é com Deus!".
Nossa.
Bomba. Ela quer que eu seja freira.
Respeito muito essa "profissão" ou casamento, até porque sou católica, mas acho que para isso é preciso muita vocação, mais do que para ser jornalista ou qualquer outra coisa.
Mas, sinceramente, fiquei preocupada.
Por que Deus não vai ouvir o pedido de uma criatura tão inocente e tão devota quando minha bisa?
Isso me apavora (ok, eu sou dramática).
Acho que meu destino não é esse.
Mas enfim, eu quero me casar, poxa.
Construir uma família, ter filhos.
Mas como diria Souta, qualquer coisa, daqui a uns 10 anos a gente pode fazer produção independente sem problemas.
Muita pressão, não quero ficar pra titia!
Se bem que tenho medo de não levar jeito para ser esposa.
Sei lá, meu estilo de vida, minha personalidade às vezes me obrigam a aceitar que talvez eu não case.
Porque para casar não precisa ter só vontade e amar o companheiro. Um relacionamento não é feito só de amor. É preciso ter vocação, mesmo.
Não é só juntar os trapos e achar que tudo vai dar certo.
Até parece que quem está falando é a voz da experiência, né? Pode até não ser, mas é a voz da observação.
Então eu fico por aqui.
Se eu tiver pretendentes, que se candidatem, pelo amor de Deus.
Mas, a propósito, alguém já viu alguma jornalista freira por aí?







Um beijo,
Luminosidade.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Língua Portuguesa.

Boa noite!
O tema de hoje é extremamente especial para mim. Vocês não sabem o prazer que eu tenho em falar da nossa língua, dos seus segredos, dificuldades, labirintos, de sua magnitude.
Como eu amo a gramática. Quanto encanto e beleza!
Acho que vocês devem me achar maluca, uma filha babona pela tão perfeita mãe!
Mas é isso que eu sinto, sinceramente. Tenho um amor por essa língua desde cedo.
É claro que isso não quer dizer que eu sei usá-la com a perfeição que ela merece, mas eu me esforço bastante. Sou tão obcecada por ela que me divirto ao procurar erros nos escritos dos outros. Vergonhosa confissão.
Já dizia meu professor Panetone - não que eu ache que ele mereça esse apelido, mas lembrem-se, sempre uso pseudônimos -, de Literatura no colégio e Redação no cursinho: "Sabe Português quem escreve bem, conhece os tipos de texto, fala bem e lê bem, não quem decora as orações coordenadas e subordinadas" (mais ou menos isso).
Concordo com ele.
Mas não é nesse ponto que eu quero chegar.
Durante meu primeiro ano de curso eu pude crescer muito, mentalmente falando. E com tantas matérias interessantes estudadas (às vezes não) pude chegar a uma conclusão não tão difícil de se pensar.
Para que usamos a língua? Para a comunicação.
E para que isso seja feito não é necessária a utilização de todas as regras gramaticais, uma vez que o entendimento pode acontecer mesmo sem elas.
Por exemplo, quem nunca estudou não deixa de se comunicar.
E para que precisamos usar essas regras demoníacas?
Na minha opinião (The Magic que me perdoe e me entenda), é uma questão de capricho, convenção, só para ter o que seguir, afinal de contas, tudo seria um caos se elas não existissem, assim como todas as outras regras que regem o mundo.
Simples, não?
Acho que essa postagem vai gerar muita ofensa e polêmica na cabeça das pessoas.
Eu poderia sugerir uma manifestação do tipo: "FIM DAS REGRAS GRAMATICAIS!", mas a sociedade não sobreviveria sem elas.
E, claro, nem eu.
Resta-nos conviver para sempre com elas.
E eu serei muito feliz dessa forma.





Um beijo.
Luminosidade.