quinta-feira, 11 de setembro de 2008

SOS SAÚDE (e educação, moradia, segurança...)!

Boa noite, caros leitores!
Bem, confesso que venho aqui hoje por uma necessidade de gritar.
Não, não literalmente.
Sinto uma necessidade de partilhar com quem quiser minha indignação. Minha profunda indignação.
Fui aconselhada a assistir a um documentário de Michael Moore, chamado "Sicko - SOS SAÚDE". Admito que não imaginei que eu fosse ficar tão chocada e impressionada. Ninguém, creio eu, pode imaginar.
O documentário trata de histórias de vários americanos que pagam ou não seguros de saúde e NÃO recebem tratamento; tudo isso pela burocracia e ressalvas do governo ou dos próprios planos de saúde que, juro por tudo, querem a todo custo maximizar seus lucros, independente da saúde das pessoas. Vocês leram direito. Pessoas que nasceram nos Estados Unidos da América e não recebem tratamento médico. O sistema de saúde americano é tão ruim quanto o do Brasil e de outros países parecidos. Podem acreditar. Para aqueles que pagam ou não seguros de saúde, um tratamento médico custa milhares de dólares, por mais simples que seja. Se você tem um plano de saúde (se você é "sortudo" de conseguir passar pelos seus formulários de aceitação), as empresas fazem de tudo para que você não consiga seu tratamento. Quanto mais dinheiro economizar com exames, remédios e cirurgias, mais você ganha! Quer ficar rico? Trabalhe em uma empresa como essa e ganhe mais dinheiro a cada paciente que você negar auxílio! Que maravilhoso negócio! "Mate, enriqueça! Ajude, empobreça!". Que belo slogan.
É o sonho americano, gente!

PORRA, QUE MERDA DE SONHO É ESSE?

Eu sou bem sensível a certas coisas, confesso. Mas o documentário é realmente emocionante. Ninguém pode entender o que essas pessoas passam naquele país. É muita gente morrendo por falta de tratamento. Nem os voluntários do 11 de Setembro recebem ajuda para curar as doenças ocasionadas por meses trabalhanho no "marco zero". Mas, a idéia de "medicina socializada" não pode nem ser mencionada! Uma lavagem cerebral foi feita nas pessoas, e todos pensam que, se isso acontecer, os EUA vão virar socialistas! As empresas compraram os membros do governo (isso lembra a situação de algum país, gente?), e agora acabaram as esperanças! Quem vai mudar isso?
É lógico que eu deveria estar escrevendo sobre o meu país, por exemplo, que tem muito mais deficiências em vários aspectos que os EUA. Mas o que me indigna mais é a imagem que as pessoas têm desse lugar! Ou melhor, a imagem que esse país injeta na cabeça das pessoas!
Como os americanos podem ser tão nacionalistas? Em cada porta de casa americana, há uma bandeirinha vermelha, azul e branca.
Os americanos odeiam todo mundo! Mas, por que? Porque têm medo de que as pessoas descubram que os outros podem ser melhores que eles.
O que é mais engraçado é que, se um americano atravessar uma estrada por cerca de 10 minutos, chega ao Canadá, e pode receber um tratamento médico de primeira qualidade. Sem pagamentos por exames, internação, remédios. Eles atendem a quem precisar.
Isso acontece na Europa também. França, Inglaterra. Dizer que se paga planos de saúde a pessoas desses países é motivo de chacota. O Sistema Nacional de Saúde paga por tudo. E quem banca o sistema? Impostos, lógico. Incrível como isso funciona, não?
Revoltante como isso NÃO funciona em determinados lugares. Vergonhoso como isso NÃO funciona em países de primeiro mundo (teoricamente de primeiro mundo, na minha opinião).
Sabem outra coisa engraçada? Os terroristas capturados pelos EUA recebem tratamento médico ultracompleto. Centenas de vezes melhor que o que os americanos recebem.
Que coisa, não?
Querem saber de mais outra coisa?
A grande inimiga dos Estados Unidos, Cuba, oferece assistência de primeira qualidade a TODOS que precisam em seu país. Inclusive americanos. Quanta ironia no mundo!
"Por que nós podemos, e vocês, não?" - Filha de Che Guevara.
???
Mas, e quem não pode ir a Cuba, ao Canadá, à Iglaterra, à França?
...
Morre nas filas dos hospitais.




Onde nós estamos?








Pensem nisso e assistam ao documentário.
Vale a pena.
Com pesar,
Luminosidade.