sexta-feira, 13 de março de 2009

Legalizar ou não? Eis a questão!

Boa noite, companheiros.
Aqui posto mais um de meus trabalhos feitos para a Universidade, mais uma vez com um tema que gera debates.


A polêmica erva conhecida como maconha, extraída do cânhamo, cientificamente nomeado de Cannabis Sativa, tem uma História cheia de controversos julgamentos, dividida entre o amor e o ódio dos que a conhecem. Desde que foi mencionada na forma de escrita, há mais de 2700 anos antes de Cristo, a dita planta oscila de heroína a vilã em diversos períodos. Inicialmente venerada por médicos por seus milagres de cura, a maconha foi marginalizada por aspectos sociais, morais, religiosos e econômicos que, como sempre, conseguiram ganhar maior destaque diante de uma hierarquia de valores dentro da sociedade. Ou seja, aquele que detém o poder consegue persuadir os que o rodeiam de acordo com seus próprios interesses; como a maconha foi trazida para o Brasil pelos escravos, diz a História, os senhores atribuíam a droga a tudo de negativo que os negros podiam suscitar. E os que acreditavam nas benfeitorias que ela poderia trazer acabaram repreendidos.

E assim é até hoje. Muitos nem sequer sabem os efeitos que a maconha traz ao ser humano, ou o papel de cura que ela representa no ramo da Medicina. Basta ouvir a palavra “maconha” que toda a carga histórica de rejeição vem à tona: drogas, tráfico, dependência, crime. É claro que nem tudo são flores quanto a isso. A maconha, como qualquer entorpecente, também pode fazer mal às pessoas. Cientistas afirmam que seu efeito é similar ao do haxixe, também extraído do cânhamo, só que em menor intensidade.

Feita uma retrospectiva do caminho percorrido pela maconha, passo a defender os meus simples, mas conclusivos, argumentos. Acredito que é uma ignorância o fato de cogitarem a possibilidade de acabar definitivamente com a maconha. Primeiramente porque ela consegue trazer resultados positivos em tratamentos medicinais. Só esse ponto já revela que o uso da planta tem fundamento. Médicos afirmam que ela pode ser usada no tratamento de efeitos colaterais de doenças mais graves como o câncer ou a AIDS, sendo útil como analgésico, também em transtornos neurológicos, náuseas e vômitos em conseqüência de tratamentos de cânceres, glaucoma, além de servir para estresse, insônia e como estimulante de apetite. Mesmo existindo outras opções para esses tratamentos, por que impedir que haja sempre outra solução? Afinal de contas, a proibição é em todos os níveis, desde o cultivo até o consumo.

Suponhamos que o uso medicinal seja permitido. Por que motivos, então, os consumidores não deveriam mais poder fazer uso da planta? Os defensores da proibição alegam que as drogas são autodestrutivas, que fazem mal ao ser humano, coisas assim. Ok. E o que as outras pessoas têm a ver com o que eu faço com meu corpo? Realmente a maconha pode trazer danos ao cérebro, como perda de memória recente, perda de equilíbrio, coordenação motora e percepção visual, mas os efeitos não são permanentes, duram de 2 a 3 horas. Mesmo nos que usam com muita intensidade e há muito tempo os efeitos a longo prazo são mínimos. A maconha também pode estimular o interesse por outras drogas mais perigosas, mas continua sendo um problema do usuário, ninguém deve interferir desde que as consequências só cheguem a ele. E o álcool, por exemplo? Também afeta o ser humano de alguma forma, e, ainda assim, é legalizado. Qual a diferença? Tanto um como o outro abalam a consciência do homem quando usados.

A grande questão é: os consumidores devem limitar as consequências do uso da maconha a si próprios. O problema surge a partir do momento que os efeitos da droga atingem o próximo, assim como o álcool é problemático para aqueles que não conseguem estabelecer limites e controlar suas próprias ações sob o efeito citado. Como estabelecer limites? Infelizmente, ainda não consigo responder.

O problema do uso da maconha é que seria um incentivo ao tráfico? Com a legalização, todos poderão comprar livremente, então a circulação não será crime. Tudo que é proibido é mais desejado, logo, mais feito. Deixemos as pessoas escolherem de acordo com suas vontades e necessidades. Mas, obviamente, respeitemos o espaço alheio.


É mais ou menos isso.
Boa noite, Luminosidade.

3 comentários:

Larissa Lima disse...

JOIA O SEU TEXTO. JORNALISTA JOIA VOCÊ. MARIKSA, TENHO ORGULHO DE TI.

Larissa Lima disse...

poisé.. loucuras, loucuras (quse luciano huck eaheauheuea)

q bom q gostou, :******

Anônimo disse...

Belo texto, e comcordo com o seu ponto de vista!

=D